Redes Sociais dão o tom nas eleições

As redes sociais estão dando o tom destas eleições presidenciais de 2018. E parece que as mídias tradicionais finalmente começam a perceber a real utilidade dessas plataformas. 

Em vez da inútil leitura de postagens e mensagens instantâneas da audiência no ar, numa óbvia tentativa de encobrir a falta de profissionais na reportagem, alguns veículos parecem começar a entender que as redes sociais podem, sim, ser utilizadas para agregar conteúdo de qualidade a noticiários e programas.

Um exemplo interessante foi a parceria da Rede Bandeirantes com o Google no primeiro debate entre candidatos à presidência da República realizado pela emissora, que foi ao ar no último dia 9 de agosto. 

O debate foi transmitido ao vivo pelo YouTube e a audiência também pôde acompanhar em tempo real as informações disponibilizadas pelo Google Trends (que monitora as tendências de busca na plataforma).

Jornalistas e convidados que estiveram na sede da emissora tiveram um espaço à disposição para acompanhar o debate e a repercussão, em tempo real. 

Mas, quem assistiu de casa, com um olho na tela da TV e outro na internet, também pôde seguir as tendências de buscas sobre candidatos e assuntos ao longo das cerca de três horas de apresentação dos candidatos.

O debate movimentou as redes sociais até tarde da noite. O debate terminou perto da 1h da manhã e, a todo momento, a audiência comentava nas redes sociais o desempenho dos candidatos. Muita gente reclamava ou comemorava a posição do favorito no Trends.

É isso. A informação, hoje, chega por todas as plataformas e as pessoas já estão mais do que acostumadas a interagir. Comentar, criticar, elogiar, criar memes, confirmar ou desmentir dados, tudo em tempo real.

As eleições de 2018 serão muito curtas e as redes sociais certamente terão papel relevante. Além de estratégicas para a comunicação dos candidatos com os eleitores, as plataformas ajudarão as equipes a medir a “temperatura” da campanha nas ruas.

Fake news 

Depois de muita discussão em torno de interferência externa via redes sociais nas eleições americanas de 2016, todas as plataformas têm tratado o assunto com muito cuidado ao redor do globo.

Todas as redes sociais anunciaram a adoção de medidas para coibir a proliferação de fake news e vêm divulgando o trabalho para identificar e excluir contas com perfis falsos, maliciosos, ou que se utilizam de robôs para o compartilhamento em massa de informações.

Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, por exemplo, têm divulgado constantemente a remoção de contas com essas características e prometem intensificar essas ações no Brasil durante o período de campanha eleitoral. Até mesmo o aplicativo de mensagem instantânea, WhatsApp, promete reduzir a capacidade de compartilhamento.

O eleitor também terá a oportunidade de aproveitar melhor as redes sociais nesse período. As plataformas já colocam à disposição ferramentas para que se possa verificar a veracidade de informações compartilhadas e para denunciar notícias falsas.

As principais plataformas de redes sociais aderiram ao Projeto Comprova (projetocomprova.com.br). Em operação desde o dia 6 de agosto, o programa reúne jornalistas de 24 empresas veículos de comunicação brasileiros para verificar notícias divulgadas durante a campanha eleitoral deste ano. Eles prometem monitorar e agir para desmentir boatos divulgados em redes sociais e que tenham potencial de viralizar. Todo cidadão que tiver dúvidas sobre informações divulgadas por candidatos pode entrar no site e solicitar a verificação.

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