Cada vez mais, as pessoas buscam nas redes sociais informações que as ajudem na tomada de decisões ou realização de tarefas. O vídeo tem se mostrado o formato preferido por quem quer comprar um eletrodoméstico, decidir o roteiro de uma viagem, aventurar-se no preparo de uma sobremesa, no conserto de um equipamento, por exemplo.
Tutoriais e filmes – caseiros ou cuidadosamente produzidos por agências e profissionais especializados – proliferam em todas as plataformas. Só o YouTube, por exemplo, contabiliza um bilhão de horas de visualização de vídeos por dia, atraindo cerca de um terço dos internautas em todo o mundo. Não é à toa que as redes sociais venham dando tanta importância para esse tipo de material, com a criação de novos espaços e opções de compartilhamento.
Mais do que a produção, o sucesso de um vídeo, porém, seja qual for o conteúdo ou público-alvo, depende da linguagem adotada.
As pessoas querem “falar” com iguais, esperam que “falem comigo como se me conhecessem”. Por isso os vídeos mais buscados são os que contem opiniões e informações de quem parece já ter experimentado as mesmas dúvidas ou dificuldades.
Os vídeos de “gente comum” são especialmente eficientes, uma vez que conseguem aliar imagens e comentários, sob a perspectiva de alguém que vivenciou a mesma situação buscada pelo internauta, em linguagem informal e direta, oferecendo sem rodeios a informação procurada.
Fica aí, portanto, a dica aos responsáveis pelo planejamento estratégico de comunicação de instituições, mandatos e candidatos: você não precisa de uma superprodução, sofisticados programas de edição ou aplicação de efeitos especiais. Não é exatamente isso que seus diversos públicos esperam quando buscam informações, dicas ou aprendizado. Eles querem algo mais realista, com imagens verdadeiras, informações relevantes que os ajudem a aprender a fazer, saber onde buscar, quem procurar, o que é e, até mesmo, entender o que pensa determinada pessoa.
É claro que se você tiver vídeos produzidos e bem trabalhados, deve continuar compartilhando. Mas focar apenas neles não parece ser a melhor alternativa. Procure oferecer também material mais simples e direto aos seus públicos.
Identifique serviços e assuntos que mais geram dúvidas em seu público e experimente gravar e postar vídeos simples, nos quais você mesmo (ou um técnico, ou o especialista, ou o próprio líder/candidato, dependendo da estratégia de comunicação adotada) explica como funciona, o que é ou onde fica. Use a mesma linguagem que você usaria e tenha o mesmo cuidado que teria ao explicar o assunto a um parente, amigo ou conhecido. Entenda que, nas redes sociais, as pessoas comuns são as verdadeiras influenciadoras.
Pense nisso quando estiver desenhando o planejamento estratégico ou atuando no dia a dia da comunicação da instituição, mandato ou candidato.
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